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Cães de Intervenções Assistidas, Cães de Assistência e Jogos Olímpicos
O assunto não podia ser outro Olímpiadas

Já na preparação das Olimpíadas Rio 2016, delegações de muitos países tiveram sua preparação complementada por  Intervenções Assistidas com Cães.

Em 2016 eu e Mel Gibson tivemos a oportunidade de fazer uma AAA junto a equipe brasileira de volei paralímpico, em uma atividade pós treino, antes do embarque para o Rio de Janeiro.

As Olimpíadas de Tóquio acontecem em um momento em que o mundo sofre os efeitos de longos períodos de isolamento, por causa da pandemia. Isso causou, entre outras coisas, problemas de saúde mental em muitas pessoas, especialmente aquelas que tiveram que ficar longe de suas famílias.

Para os atletas Olímpicos, o treinamento para os Jogos 2020 (2021) foi particularmente difícil. Dar a um mundo em apuros um motivo para torcer, ao mesmo tempo em que se certifica de que eles estão física, mental e emocionalmente prontos para mostrar suas habilidades na arena global, não é tarefa fácil.

É por isso que, quando a cerimônia de abertura foi concluída – mostrando apenas uma aparência de normalidade e um futuro promissor – o canal oficial das Olimpíadas no YouTube lançou um vídeo muito importante que nos conta a história de dois atletas em particular – Letícia Bufoni e Dashawn Jordan. Mostra-os trabalhando, se recuperando de ferimentos, inseguranças e, eventualmente, encontrando a felicidade em um “sistema de apoio no solo” de quatro patas 🐾🐾.

A pressão de ter que trabalhar muito e se qualificar, os afeta de “muitas maneiras negativas”. Não ajuda nada o fato de não terem suas famílias, a quem recorrer em busca de apoio, principalmente depois de um árduo dia de treinamento.

Durante a pandemia, ouvimos cada vez mais histórias de cães de IAAs ajudando equipe de saúde a lidar com as pressões da pandemia. E mesmo antes disso, as pessoas compartilharam suas histórias de como os cães as ajudaram a ver a vida com um novo olhar.

Cães devidamente selecionados e treinados podem ajudar na redução dos níveis de estresse, e mais do que o ângulo biológico são os efeitos psicológicos. A seleção e o treinamento são essenciais para que a atividade não seja prejudicial ao cão, ou qualquer outro animal. Sempre uma atividade de ganha / ganha, bom para humanos e animais.

Observamos ainda que o comitê organizador das Olimpíadas de Tóquio preparou um “Livro de Bolso para Acessibilidade” que inclui os Cães de Assistência, outra modalidade de trabalho com cães e que não se confunde com os cães de Intervenção Assistida. Eles descrevem, de acordo com a Lei Japonesa sobre cães de assistência para deficientes físicos: ” é obrigatório permitir cães de assistência (cães-guia, cães de serviço e cães-ouvintes) em locais de eventos. Se outros no local reclamam da presença de um cão de assistência, explique que o organizador do evento é obrigado a aceitar sua presença por lei, desde que estes estejam limpos, bem treinados e não prejudiquem nem causem problemas a ninguém. (…) Não dê ordens diretamente a um cão de assistência; não acaricie ou toque nele. Os cães são sensíveis ao calor; para prevenir a insolação, lembre-se de conduzir as pessoas com um cão de assistência a locais mais frescos e com sobra.”

Vejam que o papel de Cães de Intervenção e Cães de Assistência é cercado de treinamento e regulamentação. Esperamos que um dia o Brasil possa seguir este caminho, de ter uma regulamentação feita com nomenclatura e bases corretas.

Referências:

https://olympics.com/tokyo-2020/en/organising-committee/accessibility/

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