A relação Humano-Cavalo nas Paralimpíadas de Tokyo
As Paralimpíadas de Tokyo iniciam em 24 de agosto de 2021 e vão até o dia 5 de setembro. Entre as modalidades esportivas que estarão presentes está o Paradressage.
O Paradressage (Adestramento Paraequestre) é uma das modalidades de equitação adaptada, que consiste na prática da disciplina de dressage (conhecida no Brasil como Adestramento) adaptada às limitações específicas de cada cavaleiro. É a única modalidade equestre adaptada incluída nos Jogos Paralímpicos, onde tem sido presença regular desde 1996. A sua popularidade tem vindo a aumentar nos últmos anos, atraindo cada vez mais cavaleiros, novos países e público nas competições.
A FEI (Federação Equestre Internacional) exige que todos os envolvidos no desporto equestre internacional cumpram o Código de Conduta da FEI e reconheçam e aceitem que o bem-estar do Cavalo deve ser primordial. O bem-estar do Cavalo nunca deve ser subordinado a influências competitivas ou comerciais.
Os atletas devem ser observados durante o treinamento e competição pelo Painel de Classificação para confirmar que a deficiência registada durante a avaliação é a mesma observada quando montados. A classificação não é definitiva até que o atleta seja observado a cavalo.
As Deficiências Elegíveis para o Esporte Paraequestre são:
✔ Força muscular prejudicada
✔ Amplitude de movimento passiva prejudicada
✔ Deficiência de membro
✔ Diferença de comprimento de perna
✔ Baixa estatura
✔ Hipertonia
✔ Ataxia
✔ Atetose
✔ Deficiência Visual (VI)
Na classificação dos atletas, eles são divididos em graus de deficiência para as competições, sendo:
Grau I
Os atletas do Grau I têm deficiências graves que afetam todos os membros e tronco. O atleta geralmente requer o uso de uma cadeira de rodas. Eles podem ser capazes de andar com uma marcha instável. O tronco e o equilíbrio estão gravemente prejudicados.
Grau II
Os atletas no Grau II têm uma deficiência grave do tronco e deficiência mínima dos membros superiores ou deficiência moderada do tronco, membros superiores e inferiores. A maioria dos atletas nesta categoria usa uma cadeira de rodas na vida diária.
Grau III
Os atletas de Grau III têm deficiências graves em ambos os membros inferiores com comprometimento mínimo ou nenhum comprometimento do tronco ou comprometimento moderado dos membros superiores e inferiores e tronco. Alguns atletas nesta categoria podem usar uma cadeira de rodas na vida diária.
Grau IV
Atletas de Grau IV têm deficiência grave ou deficiência de ambos os membros superiores ou deficiência moderada de todos os quatro membros ou baixa estatura. Atletas de Grau IV são capazes de andar e geralmente não requerem uma cadeira de rodas na vida diária. O Grau IV também inclui atletas com deficiência visual equivalente a B1 com acuidade visual muito baixa e / ou nenhuma percepção de luz.
Grau V
Atletas de Grau V têm uma deficiência leve de movimento ou força muscular ou uma deficiência de um membro ou deficiência leve de dois membros. O Grau V também inclui atletas com deficiência visual equivalente a B2 com uma maior acuidade visual do que atletas com deficiência visual competindo no Grau IV e / ou um campo visual de menos de 5 graus de raio.
A vaga brasileira no adestramento paraequestre é de Rodolpho Riskalla que conseguiu essa vaga para o Brasil ao conquistar a prata nos Jogos Equestres Mundiais de 2018. Rodolpho tem reais chances de medalha e já é inspiração para inúmeros jovens que iniciaram em Terapia Assistida por Cavalos, conhecida no Brasil por Equoterapia e chegaram ao esporte paraequestre, ou mesmo, para quem sofreu perdas durante a vida e encontrou na relação humano-cavalo o esporte de suas vidas.
Temos muito o que acompanhar nas Paraolimpíadas Tokyo 2020 (2021). Vamos lá?🇧🇷
Dois links importantes para quem quer saber mais: